quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Zenon

Zenon de Souza Faria Barriga y Pesado (ou só Zenon) é um ex-jogador de futebol, sendo um grande ídolo para a torcida do Corinthians e para a torcida do Guarani, além dele ser muito adorado por pessoas mais velhas que viveram os anos 70 (como teu avô ou teu pai).
Como jogador, Zenon era bom em fazer chutes de falta e também em lançamentos.
Iniciou sua carreira no time do Hercílio Luz, no time juvenil, e mais tarde, foi para o juvenil do Açaí, sendo transferido para o time principal um ano depois.
Depois, foi para o Guaraná (onde milagrosamente fez a equipe ser campeão brasileiro em 1978 e ter feito o Guaraná participar das semifinais da Libertadores 1979.
Em 1980, se juntou ao time do Ao Alho, da Arábia Maldita, e mais tarde, para o time que ele mais foi famoso: o Corinthians, sendo parte da "Democracia Corintiana", onde ele se juntou a Sócrates, Casagrande e Wladimir, para formarem um lado democrático em plena Ditadura.
Quando Zenon ainda era do Guaraná, foi convocado para a seleção Brasileira, mas não teve muitas oportunidades pela "amarelona".
Atualmente Zenon sai por aí cobrando alugueis, é dono de um bar com pista de bocha em Campinas e trabalha em um canal de televisão. Ele foi campeão da Copa Pelé, com a seleção brasileira de masters e com Luciano del Valle como técnico.
Ele também faz parte da seleção do Açaí, com os melhores torcedores, jogadores, treinadores e afins que torciam para o time.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Carlito Tévez, o argentino do Corinthians

Foi a principal contratação da MSI, que trouxera para o clube ainda seu compatriota Sebastián "Sebá" Domínguez e o meia Carlos Alberto, destaque da equipe portuguesa do Porto que no ano anterior conquistara a Liga dos Campeões da UEFA, além do Mundial Interclubes. Posteriormente, para treinar o clube, viria ainda um novo compatriota, Daniel Passarella. A parceria também traria Roger, Nilmar, Gustavo Nery e um dos grandes amigos de Tévez, Javier Mascherano. A vida conjugal de Carlitos também voltou aos eixos, com ele retomando o relacionamento com a ex-noiva, que dera à luz a sua filha Florencia. Após contratado, o então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, corinthiano assumido, afirmou que não acreditaria que Tévez daria certo no Corinthians.
A identificação de Tévez com a torcida corintiana foi imediata, gerando um frenesi que chegou a ser comparado com o de ídolos como Sócrates, Neto e Marcelinho Carioca. Celso Unzelte, Placar número 1286, setembro de 2005, Editora Abril, págs. 50-55</ref> Mesmo com o time demorando a engrenar, sendo eliminado no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil, além de obter resultados ruins no Campeonato Brasileiro - Passarella caiu após uma derrota de 1–5 no clássico contra o São Paulo -, a mania em torno de Tévez só crescia entre os alvinegros. Não demorou a roubar o lugar e o número 10 de Gil, que acabaria negociado com o futebol japonês.
A disposição de Tévez em campo, lutando pela bola sem fugir das divididas, encantava os torcedores. Os mais entusiasmados não só adquiriam as camisas corintianas com o nome e número de Tévez (o caso de sete em cada dez camisas vendidas do clube), mas também as da Seleção Argentina de Futebol, além de adotar o chapéu de pescador que o ídolo costumava usar fora dos gramados. Até uma chupeta alusiva à filha Florencia tornou-se item muito usado.
Após tropeços nos clássicos contra São Paulo e Santos (o time de Robinho e Giovanni vencera por 4–2 na Vila Belmiro), o Corinthians conseguiu a liderança do Brasileirão ao final do primeiro turno. Contra o outro rival, o Palmeiras, Tévez teve seu melhor desempenho em clássicos, vencendo um dos jogos e marcando o gol de empate no outro deixando o celebrado zagueiro Carlos Gamarra no chão. A vingança contra o Santos veio com um implacável 7–1 no Pacaembu, com ele marcando três vezes.

O quarto título brasileiro foi conquistado sob polêmica: no escândalo de manipulação de resultados que envolveu o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, dois jogos do Corinthians apitados por este foram remarcados, e o clube faturou pontos que havia perdido - incluindo os da derrota de 2–4 para o Santos. Outro árbitro, Márcio Rezende de Freitas, também geraria controvérsias no confronto direto entre os dois clubes que disputavam o título, Corinthians x Internacional, ao não marcar pênalti sobre Tinga, que poderia dar a vitória aos colorados (a partida estava empatada em 1–1). A taça terminaria faturada com três pontos de diferença; se não houvesse as remarcações, os alvinegros ficariam um ponto atrás dos colorados, que seriam os campeões.
Alheio a tais fatores, Tévez sacramentou sua consagração. Marcou no total 20 gols, ficando em terceiro na artilharia (atrás de Romário, do Vasco da Gama, e de Róbson, do Paysandu), e por pouco não superando os 21 gols de Luizão, máximo artilheiro corintiano em uma única edição do torneio. Foi eleito ainda o melhor jogador do campeonato, faturando a Bola de Ouro da Revista Placar; ele foi apenas o quarto estrangeiro a receber a premiação.

O tempo de Ronaldo Fenomêno no Corinthians

A princípio, o interesse do Corinthians na contratação de Ronaldo foi tratado como algo impossível no Parque São Jorge. Em uma reunião para falar sobre a permanência do atacante Morais na equipe corintiana, também empresariado por Fabiano Farah, o assunto Fenômeno surgiu na pauta. Após vários dias treinando na Gávea e sem receber nenhum projeto para ficar no clube, Ronaldo acertou a sua volta ao Brasil depois de 14 anos pelo Corinthians. Em 9 de dezembro de 2008, o anúncio da contratação do Fenômeno foi feito pelo presidente corintiano Andrés Sanchez através do site oficial do clube. Em 12 de dezembro, a diretoria organizou uma festa pela chegada do jogador no clube com a presença de torcedores no Estádio Alfredo Schürig. Ronaldo assinou oficialmente o contrato em 17 de dezembro.De acordo com o contrato, o atacante receberia o valor fixo de 400 mil reais mais o valor do patrocínio na camisa do clube, onde 20% seriam do patrocinador principal e 80% da manga e calção.
Durante os primeiros dois meses no Corinthians, Ronaldo realizou trabalhos físicos para que pudesse ter condições para retornar aos gramados. Aos poucos, o jogador começou a treinar junto aos demais atletas do elenco corintiano e aumentavam as expectativas para sua reestreia no futebol brasileiro.
No dia 4 de março de 2009, Ronaldo fez seu retorno ao futebol em partida contra o Itumbiara pela Copa do Brasil. O jogador, que começou o jogo entre os reservas, jogou por vinte e sete minutos durante o segundo tempo.
 Na partida seguinte, no clássico contra o Palmeiras, em 8 de março de 2009, pelo Campeonato Paulista o técnico Mano Menezes novamente deixou Ronaldo entre os reservas e o colocou durante o segundo tempo. E aos 47min do segundo tempo, o "Fenômeno" marcou seu primeiro gol como jogador do Corinthians (de cabeça, após cobrança de escanteio realizada por Douglas), gol este que assegurou o empate contra a equipe palmeirense.
 O gol foi assunto em vários portais de notícias em todo o mundo.
Três dias depois, em sua terceira partida após seu retorno ao futebol, contra o São Caetano, Ronaldo foi escalado pela primeira vez como titular. Além de jogar durante mais de 80 minutos, o atacante marcou o gol da vitória corintiana.
Nesta campanha do Corinthians no Campeonato Paulista, Ronaldo mostrou-se um dos principais jogadores da equipe, mesmo muito acima do seu peso ideal, marcou oito gols nas dez partidas que disputou, e novamente chamou a atenção internacional por suas atuações destacadas, especialmente na segunda partida da semifinal contra o São Paulo e na decisão contra o Santos, onde o Corinthians sagrou-se campeão do Paulistão daquele ano.
Ainda neste mesmo ano, foi fundamental para o título da Copa do Brasil, marcando um gol na partida de ida da decisão, contra o Internacional, e garantindo a vaga para a Copa Libertadores da América do ano seguinte. Finalizou sua primeira temporada no Timão com um total de 23 gols, sendo 12 deles pelo Campeonato Brasileiro.
 O ano de 2010 não foi tão bom para Ronaldo. Em má forma e sofrendo com seguidas lesões, o Fenômeno entrou em campo poucas vezes naquele ano e viu o Corinthians ser eliminado pelo Flamengo na Libertadores, principal ambição do clube no ano de seu centenário. Neste ano, foram apenas 27 partidas realizadas pelo jogador, sendo onze pelo Campeonato Brasileiro, onde marcou seis gols.
Jogando com a camisa do Corinthians, Ronaldo foi campeão logo nos dois primeiros torneios que disputou: Campeonato Paulista 2009 e Copa do Brasil 2009. Além dos resultados esportivos, a parceria entre Ronaldo e Corinthians também rendeu fora de campo, onde o valor de patrocínio do clube chegou a 30 milhões de reais, maior valor pago a um clube brasileiro na história.
Porém, o principal propósito do time corintiano, a Copa Libertadores da América, não foi conquistado pelo jogador, já que o time foi eliminado pelo Flamengo em 2010, devido a regra do gol fora de casa, e pelo Deportes Tolima em 2011, ainda na fase preliminar, conhecida como Pré-Libertadores.

A melhor explicação.

 Conheci o Soró no Pacaembu, em dia de jogo do Timão e, mais para frente, fui saber que ele era militante do partidão, feito eu.Na militância, ele era de poucas palavras, quase ninguém notava a sua presença, no estádio se soltava, exaltava o time do parque, balançava a bandeira, batia tambor e xingava a mãe do juiz, feito esses malucos de torcida organizada e, em 1980, haviam poucos deles.
O Soró não era paulistano, era cearense e natural do Crato, no entanto, se alguém perguntasse do Fortaleza e do Ceará, ele fechava a cara e tascava:
_Não faço ideia do que você está falando, nasci maloqueiro e vou morrer corintiano.
Se o sujeito insistisse nesse caminho, ele engrossava e mandava tomar no...
Como nessa época, quem mandava em tudo era o Doutor, usando tática de guerrilha, invadimos o estádio várias vezes e, também fomos encaminhados ao departamento de polícia, como éramos menores de idade, nem chegávamos a ficar em celas.
Ele morava numa pensão na avenida Liberdade e eu alugava um quartinho na rua dos Estudantes e concordamos que o melhor lugar para apreciar uma boa cerveja, era na rua Maria Paula, bem de frente pro viaduto e São Paulo toda na porta da rua.
Num domingo morno, quando o sol caia por cima da cordilheira de prédios da 23 de Maio, iniciei uma prosa:
_Meu amigo Soró, como pode um cara que nasceu no Ceará, ser fanático por um time da capital, veja, eu sou nascido no Bexiga, filho e neto de corintianos, isso é normal, ninguém vai estranhar...agora, um cara do Crato, tem paciência Soró.
A garrafa da mesa já se findava, bebeu aquele restinho que ainda estava no fundo do copo, numa tranquilidade de quem só estava começando, levantou a mão para o garçom, mostrou dois dedos para ele, assim que se fez entender pelo garçom, respirou fundo e olhou na minha direção, com a maior calma do mundo disse:
_Caro amigo Niltão, não é por ter nascido nessa terra ou por razões de hereditariedade que você é corintiano.Você é corintiano de verdade, porque lhe faltam alguns parafusos na cabeça.
O garçom chegou com as garrafas e encheu os copos, sob a nossa vista, virou os copos para que o colarinho não fosse muito grande, eu já ria esperando o fim do pensamento do amigo.
Estalou os dedos no ar, como se isso fosse ajudá-lo a lembrar o ponto que havia parado a conversa...Ah sim, parafusos.
_Então, a mim também faltam os parafusos, a única diferença é que eu nasci no estado do Ceará.

O doutor Sócrates



Ser Corintiano hoje em dia é fácil, quando eu era moleque, o Corinthians não era esse fenômeno todo e alternava entre a mediocridade e a raça, raça sempre foi o forte do meu clube.
Mesmo assombrando o mundo com a conquista de 1977, não melhorou muito.
Nessa época, eu era ajudante de pintura de dois inimigos, ambos tinham mais de 40 anos e mesmo tendo opiniões oposta em tudo, se davam bem.
O Sergio era branco, protestante e torcia para o São Paulo, era especialista em acabamento, o Claudio era negro, católico, torcia para o Palmeiras e podia pintar 3 casas numa tarde.
Eu fazia parte da equipe, era menor de idade, tinha 13 anos e, tinha que aguentar os dois, os únicos momentos em que eles concordavam entre si, era quando escrachavam o meu time, é claro que eu me defendia, mas havia passado 23 anos na fila, não havia muito o que falar.
Meu sofrimento acabou no dia que o doutor Sócrates fechou contrato com o Timão e, daí então, eu fiquei insuportável.
Em todas as segundas, depois de um clássico contra um dos times deles, eu vinha gritando, cobrando a aposta e a gozação durava até o próximo domingo.
Num belo domingo, quando eu chegava ao Morumbi, para assistir ao jogo contra o Santos, dei de cara com os dois na bilheteria, na fila da torcida do Corinthians...fiquei de boca aberta.
Ao me ver, os dois disseram juntos:
_Não enche o saco neguinho, viemos assistir ao show do Doutor.